terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fodam-se!

Este livro banhado de luz é solido como uma pedra,
Ausente de poesia,
Grita neste espaço denso de fetos poéticos,
E como tudo é dialética,
Eu fujo do processo democrático-construtivista,
Que destrói meu encéfalo.

Esse poema se abortará 
Não conseguirá nascer no meio dessas ilusões materialistas
Como nascerão as flores no meio dessas surdinas de automóveis?

Esse poema se abortará 
Para não sobrar vestígio desse momento burrocaótico!

Esse poema se abortará 
De um mundo que pensa ser livre,
Mas está preso nas idéias políticas-fascistas. 

Esse poema nascerá 
Logo após a intenção humana,
Mas enquanto isso,
Fodam-se!
Fodam-se!
É o que de mais poético consigo dizer...

Vida a poesia e a anarquia!

Eu dedico com carinho toda a minha poesia morta,
Para vocês que constroem esse mundo burrocaótico   
Com toda minha força possível lhes digo,

Fodam-se!


Poema e Fotografia: Rodrigo Vargas Souza  - 2010  

Um comentário:

  1. Escrevi faz tempo este poema e, após enviá-lo, reli e achei uma bosta!
    Como tem um amigo que gosta, fico acreditando... Mas ele gosta mesmo é só do “FODAM-SE!” quando recitado ao vivo...
    Além do mais, empolguei-me no uso do esse... O “correto” é utilizar o este e o neste na primeira estrofe...
    Também não gosto do poema Bolsas Victor Hugo e de todos os outros poemas antigos... Quem sabe amanhã não gostarei dos de hoje, será um bom sinal. Mas como ando escrevendo pouco, fico enviando estas velharias para não perder o hábito e o contato... Deveria colocar data, mas sigo o conselho do poema Data e Dedicatória do Quintana.

    A fotografia que acompanha o poema não tem nenhuma relação com o texto #?!

    Se há sentido, estes poemas se justificam neste mundo feito de absurdos...

    Obrigado pela tolerância, retornos, carinho, críticas etc...

    Beijos e abraços
    R!

    ResponderExcluir