Enquanto as flores secam,
as nuvens dançam na varanda;
a realidade é abstrata pintada de hibiscos.
Os bonecos se reproduzem como alporquia
e você espontaneamente acaricia-se debaixo do lençol.
Os postes reflorestam a paisagem,
uma geometria rígida
sufoca o mangue do Itacorubi.
Boom!
Hoje o mar está azul,
colhi os tomates
e as formigas fizeram do manjericão uma caduca.
Oh! Natureza
e bebês de provetas.
Oh! Ilusão,
buracos negros em meu colchão.
Os mosquitos batem a cabeça no mosquiteiro,
insistem em zunir,
cante um mantra para eu dormir.
O lixo fede lá fora,
eles fecham as janelas e ligam o ar condicionado;
no vaso da sala as flores secam,
as nuvens passam
e das folhas de Kalanchoe
caem novas sementes no solo...
Poema: Rodrigo Vargas Souza
Imagem: do filme Zabriske Point
sexta-feira, 29 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Leve como as pedras
Pedras pesadas,
leves,
sentadas na areia.
Nuvens suaves,
mancham o azul de algodão;
montanhas,
tocam o céu
com seios pintados de pincel,
o resto é água,
sereia e imaginação ...
Fotografia e poema: Rodrigo Vargas Souza
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