quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ESTRELAS CADENTES‏


Que vida decadente
Devem levar estas pessoas
Que não olham para céu

Que vida decadente
Devem levar estas pessoas
Que nunca caíram
Como caíssem do céu (...)

Que vida decadente
Devem levar estas pessoas
Que não fazem nenhum pedido
Quando caem as estrelas do céu (...)

Poema: Rodrigo Vargas Souza

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

UM MORTO DE PAU DURO


Ontem foi encontrado
Ao meio da pouca mata que resta na cidade
Um cadáver de pau duro
Bala perdida
Masturbava-se no escuro
O que resta agora?
O vento assoviando
Um ruído de silêncio
Em meio à solidão
Um beijo sem batom
Alguns dentes cariados
Espermas encalhados
 
Há tantos salários
Salários miseráveis
Feitos de exploração
Estes sempre engordam as estatísticas
Maquiadas
Plastificadas
Estatísticas
Estatísticas cheias de estrias
De violência domestica
Fome
Suicídio
E depressão
 
Já o morto de pau duro
É exceção
Pois não tá fácil
Não
Viver com tesão
Imagina morrer então...
 
Poema: RVS

DONA FIFI‏



Dona FIFI!
Como o teu cú é covarde
Nunca vi tanta polícia na cidade
 
Dona FIFI!
Tu sabes que apesar da censura
Eu sei o teu nome de verdade

Dona FIFI!
E toda esta gente morta
Sob os gramados (e sobre as arquibancadas) 
De teus estádios

Dona FIFI!
Nem mesmo
Esta mídia fascista
Este grito de gol
Esconde o teu roubo (Teu rabo)

Dona FIFI!
Os US$ 4,4 bilhões
Que tu levaste daqui
Para montar este circo
Que ecoa apenas o som
Do couro dos contentes
Não!

Dona FIFI!
Não esconde toda a sujeira
Toda a miséria gerada pelas empreiteiras de tua gente

Dona FIFI!
Sim! Eu sei
Tu abafa na porrada
Mas como é que fica
Os 7 milhões de desempregados
E este salário miserável

Dona FIFI!
Mas avisa a tua máfia
Fizemos da ação direta e da solidariedade
O nosso jogo de bola

Dona FIFI!
Cuida!
Uma hora
O gol será do time
Que joga no lado de fora (...)

Poema: RVS
Copa do Mundo 2014 

domingo, 20 de abril de 2014

Sou viciado!

Bebo todo o dia
Paulo Leminski
Jack Kerouac misturado com gelo
E um pouco de Bukowski
Sou viciado
Fumo Hilda Hilst
Baudelaire
Cheiro Rimbaud  
Gogol e qualquer Kafka
Até já tentei parar
Mas aí no meio do caminho
Conheci a pedra de Drummond
Desta eu não me (lê) livro!

Poema Barato: Rodrigo Vargas Souza
Da serie poesia barata*
(*) Poesia barata é um não manifesto de poesia Neo-pós e muito depois beat-dada-concretista e como já cantava Itamar Assunpção " o trópico tropica" 

VOYAGE 1.6 ANO 1986‏

Voyage 86
Lembro-me de ti cheio de poeira
E sem gasolina
Voyage 86
Enchia-me de cachaça
E você com cinco pila
Voyage 86
Iamos a caminho da fronteira ...
De nosso grande mundo
Feitos de poucos quilômetros
Voyage 86
Corríamos as estradas de chão
Debaixo das estrelas
Atrás de algum entrevero
Às vezes na contramão
Voyage 86
Na cidade grande
Nem eu e nem tu se metia
Íamos aonde dava
Na verdade
Não éramos de nada
Voyage 86
Até nos chamavam de porcaria
Mas éramos só alegria...
Voyage 86
Não sei aonde andas
Mas lembrando como tu corrias (sorrias)
Deve é estar atrás de alguma guria...
Voyage 1.6
Ano 1986
 
Poema: Rodrigo Vargas Souza

UM BROEMA CONTRA TODA ESTA CARETICE

Sou a favor da legalização da salvia
E da noz-moscada
Mas contra estes tais de craque$ e pe(co)lés
Sou a favor dos varginais
Do polvo
Sou contra as multianimais
Sou a favor da bilerdade
Contra as pa(r)ti(dárias)...
Contra lulas e substâncias toxicas (como FHC’S)
E Zero Horas ( e Gangrenas Catarrinenses)
Sou contra nídias vaszistas
E todas estas bundas moles
Não feitas de celulite
Sou contra bundões
Párocos e cruzões
Sou Apolicia
Ácrata
Sou contra os filhos das santas
Coloco o prefixo A
Na frente de todo este atraso filho da ...


Poema: Rodrigo Vargas Souza
Sobre o ocorrido na UFSC e o que anda ocorrendo parai (...)
 

Poema: Coma M...