sábado, 19 de fevereiro de 2011

No som desses dias sinto-me Arnaldo

Na penumbra
Encima da mesa,
Vinho amargo,
Polenta frita.
A 6h da manhã
Agulha chiando,
Eu e o copo torto
Segurando o corpo,
O resto e o oco.
Procuro a vitrola
Que tocou ainda pouco,
Perdido no casebre sem reboco,
Danço Pitágoras,
Sem Rita,
Bato a cabeça na quina da cama,
Acordo e volto.
Tudo vazio novamente,
Só um copo de água ,
Poemas de Lorca,
Discos da tropicalha.
O vento batuca a porta,
Respiro novamente o teu cheiro,
Recomeço tudo outra vez...

Poema: Rodrigo Vargas Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário