terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Lagoa dos Patos Ácrata‏


Habita em mim
Um gosto de terra
Linha reta
Poesia feita do pampa e agua doce
Lembranças das brincadeiras embaixo das Figueiras
Meus berros ecoando
Em um pôr- do- sol impressionista na planície
Nada jamais foi suprematista
Na infância, no presente
No eu lúdico
Carrego sempre comigo a liberdade e anarquia
Nunca acreditei na maçonaria
Se há herança
O pajador é ácrata
Sem simpatia
Sou crioulo
Ateu
Milongueiro
Sambo no solstício (de verão)
Sou como o negrinho do pastoreio
Mas sem patrão estancieiro
Que nunca acreditou na virgem Maria
E em nenhum padroeiro

Poema: Rodrigo Vargas Souza
Imagem: Barra do Ribeiro de Pedro Weingärtner.
OBS: Existe uma pintura de Pedro Weingärtner que retrata a Lagoa dos Patos, porém não encontrei digitalizada.  

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