quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma flor brota do árido azulejo sujo do banheiro (ou o espetáculo da sujeira)


Carambolas esmagadas
Orgias intermináveis
Numa paisagem feita de vermes
  
Uma flor brota do árido azulejo sujo  
Nasce no canto
No resto de areia da praia
E do mijo feito no box do banheiro

A citronela suicidou-se na sacada
Bêbada do caco de vidro
Lambuzado de vinho

A lua ignora a chuva
Quer mostrar seus peitos
Seu corpo
Seu cú para o resto do Domingo

Amanhã
No azedo do dia
Na estopeis do ócio
A casa estará limpa
O cheiro terá a estupidez da Qboa
A lua estará vestida  
A flor do banheiro estará morta  
Mas a poesia continuará encardida

Poesia: Rodrigo Vargas Souza

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