Carambolas esmagadas
Orgias intermináveis
Numa paisagem feita de vermes
Uma flor brota do árido azulejo sujo
Nasce no canto
No resto de areia da praia
E do mijo feito no box do banheiro
A citronela suicidou-se na sacada
Bêbada do caco de vidro
Lambuzado de vinho
A lua ignora a chuva
Quer mostrar seus peitos
Seu corpo
Seu cú para o resto do Domingo
Amanhã
No azedo do dia
Na estopeis do ócio
A casa estará limpa
O cheiro terá a estupidez da Qboa
A lua estará vestida
A flor do banheiro estará morta
Mas a poesia continuará encardidaPoesia: Rodrigo Vargas Souza
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