Sou ateu, poeta, vulgar, mas vivo!
Posso até fingir,
Mas nunca fingirei um gozo.
Não quero cargo, carro,
Me de asas...
Não tenho músculos, mas sou todo carne e osso.
O fedor poderá ser o melhor perfume,
O ruído, música,
Assimetria, minha arquitetura,
Místicas naturais do desejo,
Metáforas da existência.
Não aceito a verdade da submissão,
Vendem posturas na vitrine da Renner,
Não sou punk, rasta, não sou nada,
Já sou imbecil o suficiente,
Não quero etiquetas!
Sou todo meu bem,
Não me queira pela metade.
Muitos relacionamentos são prostituições conservadoras,
O estupro é cotidiano,
E da tudo na TV...
Devo estar errado?
Acho tão careta estar na moda,
E o pior é o conformismo!
Sou terrorista de gaiolas,
Destruidor de preconceitos,
Ouvi dizer que a pior prisão é a mental...
Todos os dias eles perguntam,
Quanto você custa?
Quanto você custa?
Poema: Rodrigo Vargas Souza- 2003
Do livro: Um pedaço dilatado do tempo (primeira edição - 2007)
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